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terça-feira, 16 de agosto de 2016

Expedição Raio X das Américas - Travessia de balsa Belém x Manaus

Balsa Belém x Manaus

20/09/15 à 29/09/15
No dia 21/09 pela manhã eu e o nosso amigo Abisai que conhecemos nos Lençóis saímos para encontrar empresas que fazem a travessia Belém x Manaus, depois de muita procura e não encontrarmos nada decidimos fechar com a empresa TCD a qual eu e a Jô já tínhamos pesquisado antes de ir para Ilha de Marajó, fechamos para sair no mesmo dia, este trajeto tem outra opção que é de navio que também leva o carro, fomos atrás, mas os preços são um absurdo além de levar mais de 500 pessoas e tem que dormir em redes e ainda há uma incidência muito grande de roubos e tem parada em quase todas as cidades, por este motivo que decidimos ir de balsa. A TCD é a única que permite ir o acompanhante do motorista, e da direito a 03 refeições diárias, carregamos o carro às 18h00min e saímos às 22h00min, a balsa funciona da seguinte maneira, ela tem um barca que vai atrás empurrando, nós conhecia apenas balsas que já tem o motor junto, aprendemos que neste caso chama-se ferry boat, a nossa chama-se balsa com empurrador, tinha 08 tripulantes, sendo 03 para manutenção do motor 04 para o comando e 01 cozinheira, a balsa carrega aproximadamente 45 carretas e vai pelo rio amazonas, primeiro passa pelo rio Pará, depois por um estreito chegando ao rio Amazonas, viajamos sempre numa velocidade baixa, a distância entre Belém até Manaus pelo rio é de 848 milhas, cada milha compreende 1.852m, somente no estreito ficamos por 17h00min horas dentro da média, a previsão de chagada é de 07 dias.
A cozinheira Suzi faz uma comida muito gostosa e os tripulantes são simples e educados, em geral as empresas mandam apenas a carreta pela balsa e outro motorista com outro toco engata a carreta em Manaus, ou o motorista deixa o caminhão na balsa e vai de avião até Manaus, do total de 45 caminhões estavam na balsa apenas 07 pessoas, um caminhoneiro carioca Reginaldo e sua esposa cearense Neiva, um gaúcho Diego, um Baiano Arenilson e um Paulista Natal.
A todo instante chagavam os ribeirinhos na balsa para vender seus produtos, açaí, peixe, camarão e gomas (tapioca), muitas vezes para fazer trocas ou pedir por alimentos.
Nossa rotina era acordar cedo, mas muito cedo, admirar a natureza que por sinal é muito linda, fugir do sol ao lado dos caminhões, pois a balsa não tem cobertura, pela manhã todos na frente e a tarde todos atrás, curtir o lindo nascer e por do sol, na madrugada sempre acordávamos para ver as estrelas, pois o céu é muito limpo parece que fica até mais baixo, é incrível, ver os botos acompanharem nossa balsa, bater muito papo com o pessoal.
Fomos aterrorizados pela tripulação falaram que a noite tinha muito carapanã os devoradores mosquitos, mas tivemos muita sorte, pois não apareceram em grande quantidade.
Os horários de refeição devido o trabalho dos tripulantes era café da manhã começava as 05h00min, almoço 11h00min, jantar 16h30min.
Infelizmente a região não tem boas estradas, tínhamos a opção para ir pela transamazônica, mas não existe a menor condição, não tem asfalto é muita lama sem manutenção, percebemos que tem muito interesse em manter o transporte apenas pelo rio, os valores que os caminhoneiros pagam na balsa é exagerado.
A vida dos ribeirinhos é um caso a parte, pois eles são independentes financeiramente, como passa muitas embarcações o comércio é grande, eles vendem de tudo, e ainda tem compradores que passam periodicamente para recolher peixe, camarão, açaí entre outros, além que recebem o seguro pesca, então concluímos que eles não têm as facilidades que temos na cidade, mas também não passam os estresses que passamos, é uma questão de adaptação, cada um no seu lugar.
O transporte no rio é intenso, encontramos barcos lotados de passageiros, são os ônibus deles.





















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