Chapada Diamantina
25/08/15 à 29/08/15
Chegamos ao
final da tarde na cidade de Mucugê, de Diamantina-MG até Mucugê 930 km, na
chapada todas as cidades são pequenas de 10 a 25mil habitantes.
Assim que
chegamos à cidade encontramos um jovem casal Rubens e Manuela muito simpático
que estão num projeto semelhante ao nosso, como de costume andamos pela cidade
bem limpa e aconchegante, estacionamos nosso carro junto a uma pousada no
centro, pois a cidade é muito segura, conversamos bastante com nossos amigos e
depois para cama.
Pela manhã
fomos ao centro de informações para ver os passeios que poderíamos fazer,
infelizmente como sempre em quase todas as cidades turísticas existe uma
“máfia” entre os guias, pois só recebemos a seguinte resposta, tem vários
passeios, mas somente com guias, pedimos um mapa da chapada e disseram que
tinha terminado, claro deveríamos ficar nas mãos dos guias. Quando consultamos
preços de passeios próximos da cidade a taxa do guia era de 130 a 150 reais a
diária e ele indo junto no carro mais os ingressos de cada passeio, alegamos
que não tinha espaço no nosso carro, ele disse que não havia problema e
poderíamos ir no carro dele, neste caso mais R$140,00 do aluguel do carro e
nós deveríamos colocar a gasolina, que tal, ta bom assim? Nada contra os guias,
acreditamos que todos têm opção para seu sustento, mas esses valores estão no
nível de um executivo, concordamos que o turismo é importante para as
comunidades, então nós como turistas já estamos gerando empregos em várias
áreas, como hotéis, mercados, restaurantes, enfim todos têm oportunidades. Ao
encontrarmos com alguns turistas, ouvimos um relato muito importante, eles
estavam fazendo uma trilha e em determinado momento tinha uma bifurcação, então
eles colocaram umas pedras para que outros turistas não pegassem o caminho
errado, mas logo atrás estava um grupo de turistas com um guia que reclamou com
eles, disse que não deveriam fazer isso e disse ingenuamente estão querendo
prejudicar os guias? Depois mais tarde quando chegaram à pousada contaram este
fato, então ficaram sabendo que eles fazem isso para que alguém se perca e isso
se espelhe, assim fiariam com medo de irem sozinhos e teriam que ir com guias.
Apenas um desabafo, saímos para pegar informações pela cidade e conseguimos
fazer os passeios por conta e sem nenhuma dificuldade.
Saímos para o
Parque Municipal de Mucugê, R$10,00 por pessoa, é bem próximo da cidade e lá
tem o projeto da flor sempre viva, As Sempre Vivas são assim chamadas porque
suas flores mantêm, mesmo após destacadas da planta, a mesma aparência que
tinham antes. A espécie Sempre-Viva-de-Mucugê só ocorre no interior do Parque
Nacional Chapada Diamantina e está ameaçada de extinção, segundo Ministério do
Meio Ambiente (MMA). Portanto sua coleta e comercio é ilegal.
Fomos até as
duas cachoeiras que estão dentro do parque, Piabinha bem ao lado da sede e
Tiburtino com uma trilha de aproximadamente 25 minutos, duas belas cachoeiras,
também conhecemos a fruta que originou o nome da cidade, no receptivo tem toda
a estrutura para os visitantes, após fomos conhecer o cemitério de Santa Izabel
em Mucugê, ele todo branco no estilo bizantino e gótico, foi construído na
época do ciclo do diamante, foi contratado um Italiano para fazer o projeto, Ele
foi erguido em função de uma forte epidemia de cólera que assolava a Bahia. O
local da construção foi num morro de pedras, protegendo assim os mananciais e
lençóis d'água da região.
No outro dia saímos
para cidade de IGATÚ, é um distrito do município de Andaraí
possui um casario histórico de pedra, do século XIX, resquício da época do
Ciclo do Diamante na região da Chapada Diamantina. Por esta sua
característica, o distrito é conhecido pelo apelido de "Machu Picchu baiana”,
numa referência à histórica cidade peruana de pedra, de acordo com informações
ela tinha entre nove mil habitantes na época do ciclo do diamante e hoje tem
+ou- 900 habitantes.
Chegamos em
Itaeté pegamos asfalto e depois uns 20 km de estrada de terra, local do POÇO
ENCANTADO, o ingresso é R$20,00 por pessoa, uma gruta com um lago profundo e
azul, adoramos o local tanto pela beleza como a sua estrutura.
De lá fomos ao
POÇO AZUL em Nova Redenção, mais uns 22 km de terra, e travessia de balsa (a
balsa não tem motor e guiada por cabos de aço a favor da correnteza) no rio
Paraguaçu, pagamos R$20,00 o carro mais os passageiros, o ingresso para o poço
é R$20,00 por pessoa, no poço é permitido nadar com coletes e snorkel para
apreciar todo o fundo, pois a água é muito transparente, chegamos no horário
que o sol incide nele dando ainda mais beleza, é uma gruta que tem que descer
várias escadas até o local do poço, muito prazeroso estar flutuando naquelas águas
azuis. É uma propriedade particular que tem uma ótima estrutura, inclusive os
funcionários são muito atenciosos. Saímos de lá passamos pela cidade de
Ubiraitá e chegamos até Tanquinho onde passamos a noite. No dia seguinte fomos
até Seabra para consertar o carro, depois seguimos para Iraquara na Caverna da
Torrinha, ingresso R$35,00 por pessoa, ela tem uma profundidade de 75m do
solo, comprimento de 12.050km, sendo 2km parte 2 e 3 para visitação, ela tem a
única formação no mundo de uma flor chamada aragonita, trata-se de uma
elequitite que são formações que desafiam a gravidade e os geólogos ainda não
sabem como se formam, almoçamos e seguimos para o Morro do Pai Inácio, ingresso
R$5,00 por pessoa, é um enorme morro que se torna um mirante natural com vista
para toda a chapada, tem uma trilha de pedras para chegar ao topo com
dificuldade média, foi um espetáculo presenciar o famoso por do sol da chapada,
depois seguimos para a Vila do Capão distrito de Palmeiras, pegamos 20km de
estrada de terra um pouco ruim.
Esta vila é um
pequeno local com muitas pousadas e várias pessoas com um modo de vida
alternativo, tem uma pizzaria de um suíço que é famosa em toda a chapada e
região, no dia seguinte fizemos a trilha para a cachoeira da fumaça, ela tem 6
km de nível moderado, demoramos 2 horas até lá, o lugar é muito bonito com
paredões de 400m de altura e a cachoeira tem 380m de altura é considerada a
segunda mais alta do Brasil, a cachoeira tem pouca água e antes de chegar no
solo vira vapor, mesmo assim tem sua beleza. Nesta trilha conhecemos um casal
paulista a Marisa e o Ronaldo, que gostam de viajar como nós, muito simpáticos
e ficamos amigos de infância, inclusive fizemos um lanche juntos na pousada que
eles estavam hospedados, foi um grande prazer compartilhar da presença deles.
Outra pessoa que não podemos deixar de lembrar é a Celina um anjo da guarde que
nos auxiliou, muito obrigado Celina. Passamos a noite no camping da Pousada
para sair cedo no outro dia.
Durante o caminho para Chapada
Cidade de Mucugê
Parque Municipal de Mucugê
Cemitério Bizântino
Igatú
Poço Encantado
Travessia do Rio Paraguaçú
Poço Azul
Caverna da Torrinha
Morro do Pai Inácio
Vale do Capão
Cachoeira da Fumaça
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