Congonhas do Norte - MG
Saindo de
Curvelo andamos em estrada de asfalto por 80 km, depois pegamos uma estrada de
terra que seria por 40 km até Congonhas do Norte, porém estávamos em dúvida a
estrada era deserta e muito ruim, paramos um carro para pegar informações,
falamos com o Sr, Luciano que gostou de nossa expedição e sugeriu que
passássemos num vilarejo onde tinha uma festa tradicional da região com
exposição de artistas plásticos que era muito famosa e a rede globo estaria lá,
após errar o caminho chegamos ao lugar que é distante da cidade chamado de
Cemitério do peixe, trata-se de uma festa muito tradicional na região há mais
de 200 anos, vem pessoas de todos os lugares do Brasil, conta a história que na
época da exploração de pedras preciosas que era grande em Minas Gerais havia
muito contrabando, então as autoridades portuguesas resolveram montar um posto
policial para conter o contrabando e cobrar os impostos devidos para a coroa
portuguesa, consta que os guardas ao se alimentarem dos peixes de um córrego
próximo, morreram, acredita-se que os peixes estavam contaminados, a partir
desta época comemoram este fato. Este vilarejo tem apenas três moradores, uma
igrejinha, um cemitério e algumas casas abandonadas e outras casinhas de mais
de cem anos com um cômodo (parecem casas de escravos, bem rústicas), dizem que
os moradores da região construíram para os dias de festa, outros ficam
acampados, interessante que as casinhas foram construídas onde era o cemitério
antigo, conversando com um policial, ele conta que infelizmente nos dias de
hoje a festa esta mudando muito, tem som automotivo alto, pessoas que exageram
na bebida e alguns “chapados” como ele mesmo fala, pouco tempo atrás tinha
apenas a Dona Lotinha moradora do lugar que preparava as refeições para vender,
agora já tem muitas barracas de moradores de cidade próximas, está perdendo seu
encanto. Chegamos lá e ficamos sabendo que a festa é de quinta a domingo, e na
hora que chegamos estava terminando, tinha apenas algumas pessoas, tiramos fotografias
e partimos.
Quando
estávamos quase chegando na cidade de Congonhas do Norte mais ou menos 2 km,
tinha uma ponte que passa apenas um carro e depois uma curva, ao passarmos pela
ponte fomos surpreendidos por uma carro em alta velocidade que vinha em direção
contraria, estava derrapando e de lado,
só deu tempo de tirarmos um pouco a pajero da frente, com o impacto fomos
atirados para fora da estrada num buraco onde ficamos presos escorados por
árvores, depois o rapaz motorista do palio disse que viu nosso carro, ficou
assustado e pisou no freio, como era estrada de terra o carro derrapou e ele
perdeu o controle, felizmente para todos ninguém ficou ferido, agradecemos a
Deus e aos nossos Espíritos protetores. Queremos deixar aqui um enorme abraço e
agradecimentos a todos que passaram no local e nos ajudaram na remoção do
carro, que Deus abençoe a todos pela grande generosidade, entre eles, o Senhor
José Lira que é do Sindicato Rural que nos levou até a cidade e sempre esteve
conosco para dar apoio e sua filha Erica, o Edinei, Vinicius, Rodrigo (que
cedeu até seu casaco para a Jô), Leo de Carlos (trator e seus funcionários com
motosserra) e outros que ajudaram na remoção do carro nos apoiando o tempo
todo, a Lucineia e seu marido Renato que nos levaram ao hotel e
disponibilizaram sua casa para o que fosse preciso, Robson que estava a nossa
disposição para nos ajudar e Dona Ilma pelo delicioso café antes de partirmos. O
palio chegou a quebrar o eixo traseiro e a pajero entortou a roda dianteira,
sem condições de continuarmos a viagem, retornamos para casa para o conserto do
carro, tão logo fique pronto estaremos na estrada novamente, aguardem alguns
dias, agradecemos aqueles que estão nos acompanhando pelo carinho.
Infelizmente não pudemos explorar a cidade, ela é pequena, mas com muitas cachoeiras maravilhosas.
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